A proporção mundial de mulheres com osteoporose é de 5 para cada homem, segundo dados da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO). Entenda mais sobre a doença e como se prevenir!
A osteoporose é uma doença silenciosa e raramente apresenta sintomas antes que aconteça uma consequência mais grave, como uma fratura óssea acompanhada de dores agudas.
Mas por que será que nós mulheres temos a tendência a desenvolver essa doença depois dos 50 anos? A diretora técnica da Divisão de Saúde e da Divisão de Medicina Física – IOT – do HC – FMUSP, Pérola Grinberg Plaper, explica os motivos:
Falta de cálcio
A médica conta que o cálcio não é só essencial para os ossos, mas também para nos manter vivos: “ele é responsável por ativar a contração muscular, fazer a transmissão de impulsos nervosos e a coagulação do sangue”, explica Pérola. Portanto, se o consumo desse mineral não for suficiente, o corpo passa a retirá-lo dos ossos para cumprir as demais funções vitais.
Previna-se: A indicação de consumo de cálcio por dia deve ser de 1.000 mg por dia. No entanto, essa recomendação aumenta para 1.200 mg depois dos 50 anos de idade. Confira abaixo a lista dos alimentos que carregam o cálcio. Você vai descobrir que não é apenas o leite (que tem 250 mg de cálcio em 1 copo) que é rico nele! Sementes como chia, linhaça e gergelim carregam o mineral em boas quantidades. Que tal salpicá-los na salada ou sobre a refeição?
| alimento (100g) | cálcio |
| Chia | 556 mg |
| Sardinha | 500 mg |
| Gergelim | 400 mg |
| Brócolis | 400 mg |
| Aveia | 300 mg |
| Linhaça | 200 mg |
| Espinafre | 160 mg |
| Grão de bico | 120 mg |
| Tofu | 100 mg |
| Soja | 90 mg |
Envelhecimento
“Normalmente, formamos todo o estoque de ossos até os 20 e poucos anos. Depois da menopausa, existe muito mais perda de células ósseas do que formação”, afirma Pérola. Isso porque o organismo passa por uma série de mudanças ao longo da vida, alterando a forma de absorver, fixar e aproveitar o cálcio ingerido. Os ossos vão ficando mais frágeis, surge a osteopenia (perda de massa óssea) e depois a osteoporose.
Um dos motivos para as mulheres sofrerem mais com a osteoporose em relação aos homens é por eles terem mais músculos e mais ossos. Ou seja, a reserva de massa óssea deles é maior.
Previna-se: Os exercícios físicos ajudam a fixar o cálcio nos ossos, sabia? E é a pressão dos músculos sobre os ossos que faz essa função. Portanto, vá para a musculação e trate de puxar ferro. Você ainda vai ganhar um corpo mais bonito e tonificado.
Também converse com o seu médico sobre o exame de densitometria óssea. Ele indica se existe ou não a perda óssea e quanto.
Mudança nos hormônios
A formação de novas células ósseas e a retirada de células velhas do esqueleto sofrem influência dos hormônios sexuais, segundo Pérola. Com os hormônios em baixa, principalmente na fase da menopausa, essa função acaba sendo prejudicada. Essa é uma das razões pelas quais as mulheres têm maior perda óssea do que os homens.
Previna-se: Tome sol! Assim, o corpo passa a produzir a vitamina D (através da pele) que é responsável por estimular a absorção de cálcio pelo organismo. “Sem a vitamina D, o cálcio da alimentação é jogado fora”, lembra Pérola. Caso seja necessário, o médico também pode indicar a suplementação dessa vitamina.
Os inimigos do cálcio
Algumas manias e vícios podem prejudicar a absorção de cálcio. Por exemplo, o tradicional café com leite. É que o excesso de cafeína provoca a liberação de cálcio nos músculos, inibindo a sua captação pelo sangue. O consumo excessivo de sal também aumenta a perda de cálcio pela urina. O tabagismo e o álcoolismo também prejudicam a capacidade do organismo repor o tecido ósseo.
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Rita de Cássia Rosa, 52 anos, jornalista e também blogueira. Tem a proposta de mostrar que após os 50 podemos começar um eterno caso de amor com nós mesmas e termos muita saúde e autoestima!