-23 kg e o fim do efeito sanfona

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Vivian deixou a balança disparar, mas quando se deu conta de que era a única responsável pelo peso extra, virou o jogo e adotou uma rotina de dieta saudável e exercício

Viviam Barbosa, 30 anos, jornalista e palestrante motivacional

Altura: 1,75 m

Peso anterior: 83 kg (sobrepeso)

Peso atual: 60 kg

 

 

“Minha guerra contra a balança começou bem cedo. Quando era criança, até uns 9 anos, eu era a típica magrela e alta. Tanto que, em uma das festinhas da escola, interpretei a Olívia Palito no teatro. Quando entrei na puberdade, engordei bastante, porque minha alimentação era à base de refrigerante e bolacha recheada. Passei alguns anos acima do peso. Aos 14, tinha 1,58 m e já pesava mais de 80 quilos – o que me rendia piadas ridículas e preconceito no meio daquele monte de adolescentes na escola.

 

Impactos no corpo

Quando fui à minha primeira consulta no ginecologista, percebi que precisava fazer alguma coisa. Minha menstruação era desregulada por causa do excesso de peso, e foi necessário um desconhecido me dar uma bronca séria para eu entender que estava daquele jeito por culpa minha, e não da minha mãe, que tentava a qualquer custo me fazer ter uma alimentação melhor.

O médico me sugeriu uma reeducação alimentar e até remédio, mas minha mãe não me deixou tomar. Apenas me ajudou a mudar radicalmente minha rotina. Como estava em fase de crescimento, o resultado foi rápido e, em alguns meses, já estava mais magra e mais alta.

Depois dos 15 anos, lembro-me de ficar magra por muito tempo, mesmo não mantendo a alimentação sempre na linha. Eu não praticava esportes com tanta frequência, apenas no colégio, mas mesmo assim não voltei a engordar tão rápido. Talvez por isso eu tenha me convencido de que não voltaria a engordar nunca mais e relaxei novamente.

 

Gordinha novamente

Aos 20 anos, já na rotina maluca de trabalho e faculdade, tive que fazer um tratamento para enxaqueca e sabia que mexeria com meu metabolismo, que ficou bem lento. E eu, sem praticar esportes e comendo desregradamente, engordei de novo. Os 65 quilos sumiram da balança, dando lugar aos temidos 80 e poucos.

Fiquei mais alguns anos com sobrepeso, mas mesmo sendo uma mulher alta, e que “não parecia tão gorda assim”, como todos me falavam, eu não estava feliz. Não suportava ir ao shopping e não poder comprar a roupa que eu queria, porque ela não ficava bonita em mim. Não gostava de ir à praia e sentir vergonha de colocar biquíni, porque com este efeito sanfona, a flacidez apareceu também.

 

Decepção e mais gordura

Por fim, passei por um relacionamento amoroso extremamente complicado e acabei engordando mais. Cheguei aos 87 quilos, o máximo que vi na minha balança. Posso até ter engordado mais, mas perdi a coragem de me pesar quando atingi esse peso.

Depois de um tempo do fim deste relacionamento, eu já havia me recuperado emocionalmente, mas o reflexo no espelho continuava igual. Eu praticava Muay Thai, mas a minha alimentação era péssima. Voltava do treino acabada, mas o prato de macarronada que eu devorava na sequência acabava com todo o meu esforço.

 

Um desafio e novas descobertas

Foi quando soube de um programa de emagrecimento na academia que eu frequentava. Era uma competição, com ajuda de profissionais, para mudar o corpo em 90 dias. Sabe-se Deus o porquê, me inscrevi.

Quando a edição seguinte começou, eu achava que iria desistir no primeiro dia. Passei com a nutricionista, que me disse que tinha de emagrecer mais de dez quilos. Pensei: “impossível, eu não tenho como perder tudo isso. Não me alimento tão mal assim”. Pois bem: fiz a competição até o fim e terminei os 90 dias com 11 quilos a menos de gordura. Foi quando percebi que eu sou dona do meu destino, e só voltaria a engordar se eu quisesse. Aprendi a pensar como uma mulher magra, e descobri que a comida não precisa ser a única fonte de prazer da minha vida.

As consultas eram a cada 15 dias e a nutricionista passou uma dieta inicial de 1.200 calorias. Foi difícil no começo, mas consegui me acostumar e descobri como fazer substituições menos calóricas e mais saudáveis. Também tirei o chocolate da minha vida, que era um dos meus grandes pecados. Os treinos de musculação eram diários e acompanhados por um personal trainer e, no fim de semana, acordava cedo para treinar com a turma no parque.

Dois anos depois desta competição, estou com 22 quilos a menos, não engordei mais e tornei-me palestrante motivacional. Quero, com o meu exemplo, mostrar que não podemos desistir. Na verdade, o sobrepeso faz com que as pessoas não tenham coragem nem para começar uma mudança, e manter-se nela é ainda mais difícil. Preciso que as pessoas saibam que tudo é possível quando agimos em favor de nós mesmos.

Emagreci por mim, não pelo o que o namorado, as amigas, a sociedade ou a família pensam. Desta vez deu certo, e vou ser magra até o último dia da minha vida, porque eu aprendi a respeitar meu corpo, a me colocar como prioridade, e me apaixonei pelo mundo fitness, que é cheio de endorfina, e só pode nos deixar mais felizes.”

 

Vivian_Barbosa


DICAS DE QUEM CONSEGUIU

Tenha foco e persista. “No começo você vai querer desistir e achar que não é capaz, mas isso é só a voz da consciência tentando te boicotar. Persista! Depois do primeiro mês fica mais fácil”

Tenha prazer em se cuidar e se amar. “Você vai descobrir que comer não precisa ser sua única fonte de prazer e vai fazer da nova vida seu maior prazer.”

Fotos: arquivo pessoal e Rafael Almeida

23 kg

 

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